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Nossa História desde 1939

Com muito orgulho, compartilhamos a história de nosso clube.

Homenageamos as fundadoras e também lembramos daquelas que continuaram o trabalho para compartilhar seu conhecimento com entusiasmo e amor pela jardinagem. Com muita dedicação, elas incentivaram outras a se associar ao clube com novas ideias, contribuindo com o desenvolvimento de nosso querido São Paulo Garden Club.

 

Aqui seguem alguns dos principais marcos dessa bonita história.

 

1939 – São Paulo Lady Amateur Gardeners

Em janeiro de 1939, a sra. Isobel Govier, neozelandesa radicada em São Paulo, sugere a oito amigas inglesas – sras. P. Crewe, W. K. Crewe, Clay, Coddington, Harper, Seldon, Windsor e Wright – a fundação de um clube de jardinagem.

É o início do São Paulo Lady Amateur Gardeners, com doze sócias.

Entusiasmadas com a ideia de cultivar e mostrar suas plantas, organizam em setembro sua primeira exposição, na residência da sra. W. K. Crewe, que recebe as convidadas com um chá inglês. É o início das reuniões mensais, que se perpetuam até hoje.

 

Década de 1940

O número de sócias duplica. A ênfase nas reuniões continua sendo o plantio e o cultivo de plantas, um desafio num pais tropical com características diferentes daquelas dos países de origem das sócias. Uma sócia pesquisa e fala sobre um tema de jardinagem. Após a reunião, ocorre o chá inglês e um passeio pelo jardim.

A Exposição Padrão Anual de Flores – São Paulo Flower Show – é realizada na primavera, inicialmente na São Paulo Graded School e, mais tarde, no São Paulo Athletic Club. As exposições são contemplativas, não competitivas, e algumas classes são julgadas por voto popular.

 

Década de 1950

Com o número de sócias chegando a quarenta, é formado um segundo grupo, o Country Group, ou Grupo de Santo Amaro, agrupando as moradoras desse bairro. O grupo original passa a ter o nome de Town Group, ou Grupo da Cidade.

O São Paulo Garden Club começa a ser conhecido e suas atividades reconhecidas. As sócias fazem os arranjos florais para eventos da comunidade inglesa, como o baile de coroação da rainha Elizabeth II e as recepções à duquesa de Kent e à princesa Alexandra.

A revista Casa & Jardim convida o São Paulo Garden Club para participar de sua primeira edição e publica fotos de arranjos florais feitos por Isobel Govier e Mildred Codling.

Sócias participam das exposições da Sociedade de Floricultura Brasileira.

Prêmios começam a ser oferecidos, como o Assaly Cup para a melhor coleção de rosas; o Victoria Cup para a melhor rosa da exposição; o Timaru Cup para a melhor coleção de flores variadas; o Pepper Tray para quem totalizar o maior número de prêmios numa mesma exposição.

Ao longo dos anos, sócias acrescentam ao São Paulo Garden Club outros prêmios, destacando diferentes tipos de plantas e arranjos florais. O prêmio fica em poder da sócia durante um ano, tem seu nome gravado e o repassa à vencedora do ano seguinte.

 

Década de 1960

O São Paulo Amateur Gardeners comemora seu Jubileu de Prata – 25 anos de existência.

Em 1961, Gladys Sinclair cria o Green Thumb, competição entre as sócias, durante as reuniões mensais, visando estimular o cultivo de plantas e arranjos florais feitos com plantas do próprio jardim. Premia-se de acordo com o número de pontos acumulados, ano após ano, com um badge. Os badges foram bordados inicialmente por Mildred Codling, depois Maria Thereza Cintra assumiu a responsabilidade por vários anos. Atualmente, o bordado está aos cuidados de Neyde Trench, hoje são onze:

  • 15 pontos – Rose

  • 30 pontos – Thistle

  • 50 pontos – Poinsettia

  • 75 pontos – Orchid

  • 100 pontos – Daffodil

  • 150 pontos – Manacá

  • 200 pontos – Fern

  • 250 pontos – Magnolia

  • 300 pontos – Anthurium

  • 350 pontos – Strelitzia

  • 400 pontos – Coffee

As sócias Lissa Codling, Mary Arnesen e Pat Sumner são as que acumularam mais pontos até hoje.

As exposições se estruturam. As classes de arranjos florais passam a ter títulos que se relacionem com o tema da exposição. Além do voto popular, profissionais da área são convidados a julgar.

Durante a presidência de Lisah Warren, o clube passa a se chamar São Paulo Garden Club. Já tem oitenta sócias, divididas em três grupos: Town Group, Santo Amaro Group e Junior ou Brooklyn Group, este último formado sob a orientação da Joyce Crewe. Pouco depois, os nomes dos grupos são mudados para Bougainvillea, Flamboyant e Evergreen. Continuam as reuniões nas casas das sócias, mais quatro reuniões gerais, além da exposição anual, que passa a ser realizada na Anglican Church de São Paulo, no bairro de Santo Amaro.

A primeira agenda, Yearbook, é publicada, e seu logotipo é reformulado – um círculo com o desenho de um ipê, árvore símbolo do Brasil – por Lisah Warren.

House and Garden Tour – visita a casas com jardins bonitos de São Paulo –, idealizada com fins beneficentes pela Associação das Esposas Americanas de Brasileiros. O São Paulo Garden Club é responsável pela decoração das casas. Mais tarde, o clube assume sua organização, até 1991.

Com a ajuda de Suzy Schmitt, o clube filia-se ao National Council of State Garden Clubs, Inc., Estados Unidos.

 

Década de 1970

Em 1970, por meio dos contatos de Betty Rogers, o clube torna-se membro das sociedades inglesas National Association of Flower Arrangement Societies e Royal Horticultural Society. Desta última, vem o prêmio Bronze Medal, outorgado à sócia que conquistasse o maior número de pontos acumulados em horticultura nas quatro reuniões gerais do ano.

Em 1972, o prof. Victor Del Mazo, organizador do Curso de Paisagismo Manequinho Lopes e grande amigo do clube, sugere às alunas da 1a turma que fundem um clube nos mesmos moldes do clube das inglesas. Nascia o Clube Paulista de Jardinagem, com o qual temos grande entrelaçamento, com participação recíproca nas exposições anuais.

Em 1974, é publicado o livro bilíngue Gardening for the Amateur in São Paulo – Jardinagem para o amador em São Paulo, dedicado a Dorothy Warren. Gladys Sinclair contou com a colaboração de Betty Rogers, Beulah Coe Teixeira, Daisy Perl, Doris Ford, Ann Downey, Lisbeth Saler, Joyce Crewe, Molly Ingouville, Peggy Pollard, Renée Wright, Suzy Schmitt, Lisah Warren, Flavia MacKim Bell, Pat Sumner, entre outras. A capa é uma aquarela da inglesa Margaret Mee, famosa por suas pinturas botânicas da flora brasileira.

Em 1975, na gestão de Flavia McKim Bell, o clube inicia cursos para formação de juízes internacionais, credenciados pelo National Council of State Garden Clubs, Estados Unidos.

Em 1979, Elaine Benes inicia a publicação do Boletim Mensal, com informações sobre as atividades do mês.

Ainda em 1979, ano do 40o aniversário do clube, Lula May Reed faz um apanhado da história do clube para uma comemoração especial. Com muita naturalidade e humor, ela relata a nossa história ao mesmo tempo em que homenageia nossa fundadora, Isobel Govier.

 

Década de 1980

Nos anos 1980, o clube participa de várias atividades. Faz a decoração floral para o baile comemorativo dos 50 anos do Clube Harmonia de Tênis e, nos anos seguintes, enfeita o clube para os Bailes de Debutantes, em benefício da ASA, entidade filantrópica.

Nessa época, o clube conta com 120 sócias. Suas atividades têm a mesma organização, com um entusiasmo contagiante. Para julgar as exposições, juízas dos Estados Unidos, do Peru, da Argentina, do Uruguai e do México são convidadas. As juízas brasileiras também são convidadas a julgar e expor arranjos florais nesses países.

Em 1989, Jubileu de Ouro do Clube, o programa da 50a Exposição Anual faz uma retrospectiva do passado, uma representação do presente e uma previsão para o futuro.

 

Década de 1990

Em 1994, participamos do Chelsea Flower Show, a mais famosa e tradicional exposição de jardinagem do mundo, em Londres. Norinka Ford, Betty Rogers e Esther Loewenthal levam daqui, para montar nossa mostra, 2,5 toneladas de plantas nativas brasileiras. Trazem a Medalha de Prata.

Suzanne S. Burt e Maria Thereza Cintra idealizam e produzem o Calendário do Jardim, um guia de jardinagem para amadores, cujo primeiro número saiu em 1995. As ilustrações nas primeiras edições foram desenhadas por Beulah Teixeira, que também era botânica.

Em 1995, o São Paulo Garden Club participa novamente do Chelsea Flower Show. As mesmas sócias que trabalharam em 1994, mais Gillian Govier, montaram uma “Mata Atlântica”, homenageando o paisagista brasileiro Burle Marx e Margaret Mee, famosa por suas aquarelas botânicas de orquídeas e bromélias brasileiras. Receberam a Medalha de Ouro e a visita da rainha Elizabeth II. Na “mata”, havia até uma cascata escorrendo entre pedras, folhas secas caídas debaixo de árvores, antúrios, filodendros se enroscando em troncos e bromélias e orquídeas presas a troncos.

Nessa mesma exposição, participam Maria Thereza Cintra e Vicky Walker, com o arranjo criativo Batizado de Fogo, montado com flores e folhagens tropicais levadas do Brasil.

Em 1996, Penny Ward e Lisah Warren participam da mostra de arranjos florais do Chelsea Flower Show, interpretando o tema Morning Mist [Manhã com Neblina].

Várias sócias participam de simpósios e convenções do National Garden Clubs, Inc., em diversos países das Américas, como na convenção na Filadélfia, onde Flavia McKim Bell e Maria Thereza Cintra exibiram arranjo, representando a América Latina.

Simpósios, que acontecem a cada três anos desde os anos 1980, oferecem cursos avançados de horticultura e arranjos florais, ministrados por instrutores credenciados pelo National Council of State Garden Clubs, Inc., Estados Unidos. Dão às juízas participantes a oportunidade de se tornarem credenciadas a julgar exposições internacionais, de obter o título de Master e de validarem os créditos obtidos anteriormente.

 

Década de 2000 a 2010

A convite da Cultura Inglesa de São Paulo, as exposições anuais do São Paulo Garden Club passam a ser realizadas no Centro Brasileiro Britânico, recém-inaugurado.

A primeira exposição teve o tema Remembrance of Things Past – Power for the Future [Lembranças de Coisas Passadas – Força para o Futuro].

Nas últimas décadas, os prêmios e taças ganhos nas várias atividades competitivas são oferecidos não só pelo próprio clube como também pelo Garden Club do Uruguai, pela Royal Horticultural Society da Inglaterra e pelo National Garden Clubs, Inc. dos Estados Unidos. O National Garden Clubs, Inc. também nos contempla com prêmios pela organização das exposições – Sunburst Rosette.

O Calendário do Jardim continua sua trajetória de sucesso. Revistas, jornais e TVs nos procuram para fazerem matérias sobre ele.

 

Década de 2010 a ...

Com novas tecnologias e inovações em todos os campos do conhecimento, o São Paulo Garden Club se atualiza.
É lançado o site www.saopaulogardenclub.com.br, com informações institucionais sobre o clube, seus eventos e suas exposições. Assim como são abertos os perfis do clube tanto no Facebook quanto no Instagram.
Os boletins mensais do clube são enviados via e-mail e/ou WhatsApp.
A presidente do Conselho de Juízes e a encarregada dos cursos de aperfeiçoamento das juízas organizam interessantes cursos de arranjos e promovem workshops de horticultura.
Em 2015, seu logo recebe uma releitura.
Fica aqui também o registro de que todas as presidentes do clube, com eficiência, disposição e grande entusiasmo, sempre nos animaram a continuar esse delicioso hobby.

Em 2015, seu logo recebe uma releitura.

Fica aqui também o registro de que todas as presidentes do clube, com eficiência, disposição e grande entusiasmo, sempre nos animaram a continuar esse delicioso hobby.

 

Maria Thereza Cintra

com base em História do São Paulo Garden Club 1939-2001

por Sue Burt e Debbie Martin

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